Vamos iniciar o Outubro Rosa, porém, nem só de prevenção ao câncer vive o auto toque da mama, ou o autoconhecimento do próprio corpo feminino. Enfeitados de tabus e recheados de preconceitos, essa é a visão de muitos quando se fala em “tocar o próprio corpo” ou, o nome mais temido que ainda nos dias de hoje fere muitos ouvidos, a “masturbação”. Mas porque temos tantos bloqueios em tocar o próprio corpo? E gerar prazer!
Esse é o assunto que vamos desenrolar neste texto.
Viemos de uma criação muito rígida em se tratando da sexualidade feminina. Até mesmo para proteção da então estereotipada virtude da mulher, foi instalado o conceito “não se toque” e automaticamente o modelo “case e sirva” entrou em ação.
Volto a te questionar – como podemos servir algo que não conhecemos? Se eu não conheço o meu próprio corpo e não sei como ele funciona, como o outro (a) que acabou de chegar vai saber? No mínimo curioso isso! Mas infelizmente é a realidade, casais frustrados sexualmente por não sentir prazer e não gerar prazer.
A metodologia antiga de tocar o próprio corpo é proibida, deixa resquícios incorrigíveis em muitos casos e, por questões de costumes e bons modos, nos fez reprimir desejos e gostos. Nos induz a servir algo desconhecido, logo não serviremos mais, e pelo simples fato de não poder visualizar e tocar as partes íntimas do próprio corpo. Gerando adultos incapazes de fazer um autoexame, pois o próprio corpo se torna um terreno estranho.
Não só para uma questão de prazer, mas para se conhecer, prevenir doenças, amar o que tenho e como tenho.
“Autoconhecimento é a percepção corporal através do toque. É o conhecimento de sensações e reações que o meu corpo produz quando tocado”.